De onde vem a uréia, o principal componente do AdBlue?

A uréia é um produto orgânico, que é encontrado em muitos organismos animais. Nos organismos vivos, a uréia é o resultado da quebra de proteínas que ocorre durante o metabolismo. É o produto final do resíduo liberado pelo indivíduo.
Foi também o primeiro composto orgânico que o homem conseguiu sintetizar no laboratório, em 1828. A uréia pode ser criada artificialmente a partir do dióxido de carbono (CO2) e do amoníaco (NH3). Este último é sintetizado por uma reação entre nitrogênio (N2) e hidrogênio (H2). Estas duas reações ocorrem a alta pressão (150 e 100 bar, respectivamente).
Após sua síntese, a uréia em seu estado puro está na forma sólida, ou seja, na forma granulada, e é inodora e incolor. É muito solúvel em água e, em solução aquosa, emite um odor de amônia devido à hidrólise da molécula. Estas soluções são atóxicas e não são nem ácidas nem básicas. A uréia líquida é não-explosiva, não inflamável e não prejudicial ao meio ambiente. É classificado na categoria de risco mínimo de fluidos transportáveis.

Nos organismos vivos, a uréia é simplesmente um produto residual da degradação das proteínas que ocorre durante o metabolismo: durante a degradação das proteínas, grupos de aminoácidos (NH2) são removidos dos aminoácidos que compõem as proteínas. Estes grupos de aminoácidos são convertidos em amônia (NH3), que é tóxica para o organismo e deve, portanto, ser convertida em uréia pelo fígado. É então eliminada através da urina ou do suor.

Embora a uréia seja inútil para os seres vivos, que a eliminam de seus corpos, ela é de grande interesse para a indústria quando está em seu estado puro. A produção industrial de uréia foi viabilizada a partir de 1922 pela BASF, que foi a primeira empresa a sintetizar o produto em massa.

Tem diversos usos em escala industrial, seja na produção de fertilizantes nitrogenados, forragens para ruminantes, ou mesmo polímeros termofixos, ou na receita do agente de controle da poluição AdBlue. Na composição do AdBlue, a uréia está presente e responde por 32,5% da massa produzida. Nos dois últimos casos, a uréia é utilizada como um agente antipoluente "DeNOx". Este termo se refere à sua capacidade de reduzir as emissões de óxido de nitrogênio "NOx".

A uréia está facilmente disponível comercialmente na forma de AdBlue, mas suas outras formas são mais difíceis de obter.

A uréia sólida utilizada no processo AdBlue, por exemplo, é manipulada principalmente por grupos industriais que a comercializam diretamente e a utilizam como ingrediente. O mesmo se aplica à uréia líquida industrial, já que os particulares não têm emissões muito elevadas de NOx. Portanto, eles não precisam de uréia para reduzi-los.

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